22ª edição do Dança em Trânsito percorre quatro cidades do Pará mais a Ilha do Combú entre os dias 16 a 20 de agosto

Foto: Portátil, do Grupo Tápias
Crédito: Luciana Ponso

Entre os dias 16 a 20 de agosto, a 22ª edição do Dança em Trânsito chega ao Pará. Idealizado e realizado pelo Espaço Tápias, o evento vem para reafirmar como um dos maiores e mais abrangentes festivais internacionais de dança.

No Estado, as ações vão ocorrer na Ilha do Combú e nas cidades do Sudeste do Estado, Parauapebas, Canaã dos Carajás e Curionópolis (Serra Pelada), além da capital paraense, Belém, com produção local da Cia. Waldete Brito. 

“É muito importante ocupar não só as capitais brasileiras com arte, mas sim as pequenas cidades. Nesses 22 anos de festival a gente tem visto que existe muito interesse e muitos artistas fora das capitais. Esse trânsito que o festival faz é muito importante para troca de informação e intercâmbio. Nós temos descobertos vários talentos, vários grupos independentes e é muito interessante também fazer o trânsito do festival para além teatros, ocupando ruas, praças, palácios, tocando na vida daquele transeunte que está ali, que não teria aquele interesse também pela dança e ele acaba se interessando, entendendo como uma forma de arte e acaba fazendo esse intercâmbio também”, explica Flavia Tapia, diretora artística do festival.

A primeira parada no estado ocorre na Ilha do Combú no dia 16, a partir das 11h, no Espaço Oryba, com a apresentação dos espetáculos “La Medida Que Nos Ha De Dividir”, do QABALUM (Pamplona, Espanha). Ainda na capital paraense, no sábado (17), às 10h30, ocorrem apresentações na área aberta em frente ao Teatro Margarida Schivasappa (FCP/Centur), com reapresentação de “Descaminhos”, além de “Todo Este Ruído”, do QABALUM, e “Portátil”, do Grupo Tápias (Rio de Janeiro, RJ). Ao meio-dia, o público é convidado a adentrar o Schivasappa para assistir ao espetáculo “Breve”, da Esther Weitzman Cia de Dança (Rio de Janeiro, RJ).

Nos dias seguintes, o Festival percorre as cidades de Parauapebas, dia 18, Canaã dos Carajás no dia 19, e Curionópolis, no dia 20, levando os mesmos espetáculos apresentados em Belém, e ainda, o recém-criado “Fantasmas”, do Grupo Tápias, e os espetáculos resultantes das residências de criação realizadas por Márcio Cunha (Lumiar, RJ), em Canaã dos Carajás, e por Lu Lanza (Brumadinho, MG), em Parauapebas. Outro destaque é a oficina do Afrobunker, aberta a todos os públicos, em Serra Pelada, município de Curionópolis.

“O Pará sempre nos recebeu com muita alegria, é um público muito acolhedor. Então, eu acho que a gente tem que sempre tem uma ansiedade em chegar nesse momento do festival, porque é um povo feliz. De todas as cidades que a gente vai, fica sempre aquele gostinho de voltar e de quero mais. Claro que tem a questão da mobilidade também, a gente vai para um grande centro como Belém do Pará e depois vai seguindo pelas cidades mais próximas e possíveis também, para o festival transitar, mas também pelas cidades que a gente enxerga com potencial que tem grupos, artistas, centros culturais e que estejam procurando e querendo também um pouco mais de oportunidade da arte e da cultura”, avalia.

O 22º Dança em Trânsito é apresentado pelo Ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura, e conta com patrocínio máster do Instituto Cultural Vale e patrocínio da Volkswagen Caminhões e Ônibus e Engie Brasil Energia.