CAIXA CULTURAL RECIFE APRESENTA SEGUNDA EDIÇÃO DO FESTIVAL TERREIRO ENCANTADO

Foto: Divulgação

A CAIXA Cultural Recife apresenta a segunda edição do Terreiro Encantado – Festival para as Infâncias, de 24 de abril a 04 de maio (quinta a domingo). A programação, totalmente gratuita, reúne sete espetáculos, três shows, oficinas, cortejos e vivências, destacando manifestações como o coco, os bois de carnaval, a capoeira, o cavalo marinho, o caboclinho e as danças populares. O evento tem patrocínio da CAIXA e do Governo Federal.

O projeto é uma celebração das tradições da cultura popular e esse ano amplia sua programação e a diversidade, em relação ao ano passado. “Aumentamos o evento, tornando-o mais diverso, entendendo, inclusive, a conexão das relações dos grupos de cultura popular que trabalham na perspectiva de construção com a infância”, explica o criador e curador do Terreiro Encantado, Orun Santana.

A pluralidade de linguagens artísticas transforma o festival em um espaço de interação entre o infantil e o ancestral, permitindo que as crianças vivenciem as tradições que fortalecem a identidade cultural do povo brasileiro. O evento propõe que os pequenos sejam não apenas plateia, mas protagonistas de uma experiência de aprendizado e encantamento.

Programação:

Abrindo a programação, na quinta-feira (24), às 15h, a Companhia de Dança Daruê Malungo apresenta o espetáculo de danças afro-brasileiras “Raízes”, o qual direciona sua poética, estética e movimento a partir das pesquisas e experiências práticas da Companhia.

Na sexta-feira (25), às 15h, o Manifesto Cultura Popular apresenta o espetáculo “Pisadas”. No palco, os brincantes Gel Lima, Alê Alves e Felipe Matarazzo trazem a alma vibrante da cultura popular pernambucana, inspirados pela tradição da zona canavieira e pela dança do Cavalo Marinho.

No sábado (26), às 15h, o cortejo Boi Marinho vai arrastar o público pelo Recife Antigo, com saída a partir da Praça do Arsenal da Marinha, até chegar à entrada do prédio da CAIXA Cultural, na Rua do Bom Jesus. O Boi de Carnaval, criado pelo músico e dançarino pernambucano Helder Vasconcelos, possui composições autorais e é participante ativo do Carnaval de Recife e Olinda. 

Ainda no sábado (26), às 17h, o grupo Cavalo Marinho Estrelas do Amanhã se apresenta no Teatro da CAIXA Cultural Recife. Fundado em 2006 pela Mestra Nice Teles, na cidade de Condado (PE), foi o primeiro grupo de cavalo marinho voltado para crianças, mantendo viva a tradição entre os mais jovens.


No domingo (27), às 17h, a programação do festival traz Kemla Baptista e o show “Sambando Miudinho”. A artista convida as crianças e suas famílias a cantar e brincar no quintal imaginário repleto de clássicos do gênero, contação de histórias e sensações despertadas pela música, fazendo todo mundo entrar na roda de samba. O espetáculo terá tradução em Libras.

Segunda semana:

O frevo ganha destaque na programação, na quinta-feira (01), na área externa da CAIXA Cultural, na Rua do Bom Jesus. A partir das 15h, o Aulão de Frevo, com Flaira Ferro e Lucas Dan, reúne atividades e dinâmicas que incentivam os participantes a dançarem sozinhos, em duplas e em grupos.

Em seguida, às 16h, o espetáculo “O Frevo” homenageia a principal dança de Pernambuco, com o grupo Guerreiros do Passo. A produção faz uma trajetória desde os primórdios do frevo até os movimentos consagrados da atualidade, incorporando elementos marcantes do ritmo, as sonoridades vibrantes, figurinos, referências à capoeira e a presença cênica dos foliões.

Ainda na quinta-feira (01), às 17h, no teatro da CAIXA Cultural, o espetáculo “Zé Tamanquinho” faz um mergulho no coco de roda, frevo, maracatu, cavalo marinho, bumba meu boi e outros ritmos que permeiam as brincadeiras populares. Criado por Lucas dos Prazeres, Zé Tamanquinho é um personagem da cultura popular que realiza a salvaguarda das brincadeiras e manifestações culturais tradicionais.

Na sexta-feira (02), às 15h, o Coletivo Tear traz ao palco o espetáculo “Luanda Ruanda – Histórias Africanas”, uma experiência lúdica, musical e visual, que conduz o público por uma viagem através dos costumes, lendas e cores da rica cultura de matriz africana.

A programação do sábado (03) inicia, às 15h, com o grupo Encantinho do Pina e o cortejo do Maracatu de Baque Virado. A concentração inicia na Praça do Arsenal da Marinha e depois o cortejo segue até a entrada da CAIXA Cultural, na Rua do Bom Jesus.

Também no sábado (03), às 17h, acontece o show Mixidinho da Xambá + Grupo Bongar, no Teatro da CAIXA Cultural. O Mixidinho da Xambá é um grupo musical infantil formado por crianças da comunidade de matriz africana do Quilombo da Xambá, que fica na cidade de Olinda (PE). O Grupo Bongar é um projeto que leva a música, a cultura e o saber da comunidade Xambá a todas as partes do mundo. 

No domingo (04), a partir das 15h, o Cortejo do grupo Boi Criança de Camaragibe e sua batucada prometem arrastar o público, saindo da Praça do Arsenal até a CAIXA Cultural, em um passeio com seus cerca de 30 integrantes, mostrando a força que tem o Boi de Carnaval. O Projeto Cultural Boi Criança de Camaragibe, fundado em 2016, tem como missão envolver crianças e adolescentes da comunidade em um movimento de valorização da cultura e preservação das tradições carnavalescas do município.


O espetáculo Igbá Itan, com a atriz Raquel Franco, terá duas apresentações no domingo (04), às 14h e às 16h. Em cena, os olhos mergulham dentro da cabaça, para revelar os awon Itan de Nanã, Iemanjá, Oxum e Oyá, quatro de nossas grandes mães primordiais (Iabás). Histórias, bonecas, cenários em miniatura e em contato direto com o espectador, entre olhares, cabaça e histórias, o teatro de animação em lambe-lambe dialogando com a tradição das bonecas abayomi. A peça tem cerca de 30 minutos de duração.

Encerrando a programação do festival, no domingo (04), às 17h, a cantora e compositora pernambucana Mari Bigio apresenta o show “Brinquedo de Cantar”, do seu novo álbum infantil. A produção tem 10 faixas inéditas, reunindo diversos estilos como o frevo, forró, reggae, samba, o maracatu, entre outros, e promete conduzir a plateia numa imersão de cores, ritmos e muita poesia.

Oficinas e vivências:

Junto com professores, artistas e mestres da cultura, como Mestra Di, Mestre Meia Noite, Mestra Nice Teles, Mestra Moca Salu, entre outros, o festival ressalta a importância dos formadores que dialogam com as crianças, tanto das infâncias negras quanto das diversas manifestações da cultura popular. As inscrições para as oficinas são gratuitas e podem ser feitas no Site da CAIXA Cultural.

No sábado (26), a partir das 10h, a Mestra Moca Salu ministra a oficina “Cavalo Marinho para crianças”. A atividade gratuita terá 20 vagas disponíveis. Considerada a matriarca da Família Salustiano, Mestra Moca convive desde a infância em meio aos folguedos populares, e com 14 anos assumiu um importante papel no Maracatu, o de Dama do Paço, posição que ocupa até os dias de hoje. É fundadora do Cavalo Marinho Flor de Manjerona, formado exclusivamente por mulheres, e presidenta do Maracatu Piaba de Ouro. 

Domingo (27) é dia da Oficina Capoeira Angola para crianças, a partir das 10h, com a Mestra Di. A atividade será realizada na Galeria 2 da CAIXA Cultural, com 20 vagas disponíveis. No encontro, os participantes poderão vivenciar um momento de trocas e conexões com a ancestralidade, reconhecendo os movimentos básicos da capoeira angola, além de experimentar os instrumentos musicais utilizados.

Após a oficina com Mestra Di, é a hora de mostrar o que foi vivido e experienciado na Roda de Capoeira para crianças, domingo (27), às 15h. Todo mundo está convidado para se divertir e se conectar com os movimentos, a música, o jogo e viver essa experiência com a Mestra Di e Mestre Meia-noite, no Foyer da CAIXA Cultural.

Na quinta-feira (01), às 10h, a Oficina Serpenteia promove o encontro do universo das danças com brinquedos e brincadeiras populares afro-brasileiras e indígenas. A atividade será ministrada por Marcela Felipa e terá 20 vagas disponíveis.

Oficina de Danças Populares ocorre no sábado (03), às 10h, com Obailê Santana, artista da dança, educadora formada pelo Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo. Obá, como é conhecida, tem um currículo que passa por espetáculos no Brasil e no exterior, sempre levando o coco, o frevo, o maracatu, a ciranda e as danças afro-brasileiras por onde passou. A atividade terá 20 vagas disponíveis.

Oficina Caboclinhos no domingo (04), às 10h, proporcionará uma vivência a partir do corpo brincador do Caboclinho 7 Flexas do Recife. De forma lúdica e criativa, as crianças poderão experienciar essa manifestação popular cheia de encanto e força ancestral por meio de ritmos que trazem as cosmologias dos povos indígenas do Nordeste. A atividade será ministrada pela facilitadora Iris Campos e terá 20 vagas disponíveis.

Serviço:

[Artes cênicas] Terreiro Encantado – Festival para as Infâncias (2ª  Edição)

CAIXA Cultural Recife – Av. Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife

Datas: de 24 a 27 de abril; e de 01 a 04 de maio (de quinta a domingo)

Horários: conforme programação

Entrada gratuita (Retirada de ingressos na bilheteria da CAIXA Cultural uma (01) hora antes do início de cada espetáculo)

Inscrições para oficinas gratuitas no Site da CAIXA Cultural

Classificação: Livre

Acesso para pessoas com deficiência

Informações: Site da CAIXA Cultural e Instagram @caixaculturalrecife

Patrocínio: CAIXA e Governo Federal