Em parceria com o canal Arte 1, a Origina Conteúdo lança dia 19 de março, quarta-feira, às 20h30, a série Tempo de Dança. A obra, com dez episódios, traça um panorama da carreira de quem dança no Brasil, desde a audição até deixar os palcos. Nesse arco dramático, importantes nomes da dança contam suas trajetórias e seus modos de criar. A série será exibida sempre às quartas-feiras.

Tempo de Dança é a primeira produção original da Origina Conteúdo, tem autoria da jornalista e roteirista Flávia Fontes Oliveira, que atua há anos no segmento de dança, com produção executiva de Matheus Colen. A direção geral da série é do dramaturgo, escritor e diretor Danilo P. Marques. O projeto contou com recursos do FSA – Fundo Setorial do Audiovisual, ANCINE e BRDE e foi gravada em 2023.

“A história desse projeto começou em 2017, quando a Origina também era uma agência de profissionais do audiovisual. A Flávia era roteirista da casa e trouxe o projeto já formatado, com uma abordagem nova sobre a arte da dança. Fizemos um piloto antes da pandemia e o Arte 1 comprou a ideia”, diz Matheus Colen.

A série visitou cidades como Curitiba (PR) , Belo Horizonte (MG), Jundiaí (SP), São Paulo (SP), Paracuru (CE) e Paraopeba (MG) e entrevistou cerca de 80 profissionais da dança, como Rodrigo Pederneiras, Iracity Cardoso, Cassi Abranches, Flávio Sampaio, Jomar Mesquita, Luiz Fernando Bongiovanni, Alex Soares, Inês Bogéa, Samuel Kavalerski, Alan Keller, entre muitos outros.

Em dez episódios revelamos a rotina de companhias grandes e pequenas, profissionais independentes e gestores culturais. Um mergulho nos processos de audição e nos bastidores da estreia, bem como a transformação positiva produzida pela dança na cultura de uma pequena cidade, assim como nos corpos daqueles que não se encaixam em um padrão.

“Quando comecei a escrever roteiros, fiz esse projeto a partir do tema que acompanhava há anos. Em minha carreira, acompanhei de perto a trajetória de muitos artistas e isso sempre me encantou. Como escrevi no primeiro projeto, Tempo de Dança é um modo de continuar escrevendo e trabalhando com dança, sem linhas retas”, coloca Flávia.

Em cada episódio, mostramos parte do dia a dia de quem dança profissionalmente no Brasil. Os episódios são: Estreia, Audições: (re) começos; Modos de criar; Criação e Remontagem; Amor e dor; Ensaios; Desafios e mudanças; Além das capitais; Viver de dança; Dançar, e depois?. Tempo de Dança é um retrato sobre como é viver dessa arte e cultura em nosso país.

“Como linguagem, procuramos usar o movimento com mais tempo de observação, como se estivéssemos dentro da sala de ensaio ou dos teatros. Os silêncios, em alguns episódios, também acentuam a respiração, os olhares, as falas da cena”, diz Danilo Marques.

Para a roteirista, apesar de já atuar há muitos anos com dança, foi surpreendente encontrar essa dança vibrante, com artistas corajosos nos modos de criar e pensar o lugar dessa arte no Brasil.

“Concluir com sucesso um projeto documental grande e robusto como esse é motivo de grande celebração, ainda mais sendo a primeira produção original da Origina. Todos que se envolveram de algum modo com o projeto se engajaram muito. O canal, a produção, a equipe técnica, as companhias e os profissionais que entrevistamos e que abriram seus espaços para registrarmos como é viver de arte.”,
finaliza Matheus Colen.

Conheça abaixo um pouco mais sobre cada episódio.

Sinopse — Tempo de Dança
A série Tempo de Dança retrata, em seus 10 (dez) episódios, diversas etapas e particularidades na carreira de quem dança no Brasil. Este seriado documental aborda desde o início da preparação para a profissionalização até o momento de deixar os palcos e as outras profissões na dança além de bailarino e bailarina. A vida de quem dança esconde histórias, trabalhos, sons, detalhes e personagens que passam longe de quem assiste a um espetáculo. Por trás dessa carreira, existe outro movimento vigoroso e apaixonante: os caminhos de um/a profissional.

Em cada episódio, mostramos parte do dia a dia de quem dança profissionalmente no Brasil: o início em uma audição de entrada em uma companhia; a seleção para o elenco de uma coreografia, os modos de criação de diferentes artistas; a dança além das capitais; os inúmeros ensaios, entre outros enfoques. Apesar de muitos percalços, a dança e os bailarinos/dançarinos têm muito de alegre, de desafiador,
de soluções artísticas, de modos de dançar.

EP 01 – Estreia
Uma estreia coloca em cena muitos profissionais, além dos bailarinos. No Balé da Cidade de São Paulo e no Balé do Teatro Guaíra, luz, figurino, som, chefes de palco e a própria coreografia ganham outra dimensão no teatro, na cena. Em dias de estreia, as tensões e concentrações são de várias ordens: equipe técnica, criadores, ensaiadores/as e bailarinos/as. Muitas histórias acontecem antes de o palco ser
varrido para que as cortinas se fechem para o público chegar.

EP 02 – Audições: (Re)começo
Audição. Neste episódio, em companhias de diferentes portes, lugares e estilos, acompanhamos candidatos/as, diretores/as e professoras durante a audição: começos e recomeços, os desafios para chegar ao tão sonhado contrato. Candidatos/as para a São Paulo Companhia de Dança, Paraopeba Cia de Dança e Balé Teatro Guaíra aprovados e outros que ficam de fora de uma seleção.

EP 03 – Modos de criar
Neste episódio, Rodrigo Pederneiras, Cassi Abranches, Alex Soares, entre outros coreógrafos e coreógrafas brasileiros contam como construíram seus estilos, como alimentam suas maneiras de criar, os desafios para um mercado pequeno no Brasil e as conquistas.

EP 04 – Criação e Remontagem
Coreógrafos Jomar Mesquita (Mimulus Cia de Dança — MG), Ivan Berdardelli e Mônica Augusto (Cia Dual – SP), a diretora artística Juliana Adur e a produtora-executiva Cindy Napoli (Descompanhia de Dança – PR) e o remontador Giovanni di Palma (São Paulo Cia de Dança – SP) falam do processo de criação,
dos desafios de cada trabalho e como equilibram suas pesquisas de movimento com o elenco. Por outro lado, bailarinos/as contam como é se adaptar a diferentes estilos e a possibilidade de ser selecionados para ser parte de um elenco.

EP 05 – Amor e dor
Para relatar sobre esse tema tão caro ao universo da dança, a dor física, bailarinos/as do Balé da Cidade de São Paulo, da São Paulo Companhia de Dança, da Paracuru Cia de Dança e outros que já deixaram os palcos falam sobre problemas crônicos e pontuais. Profissionais contam como é trabalhar com dor,
como isso é superado no palco ou a dificuldade de enfrentar a despedida da dança profissional antes da hora.

EP 06 – Ensaios
Três companhias mostram como é o dia a dia de ensaios: Clarin Cia de Dança (danças urbanas), São Paulo Companhia de Dança (dança clássica) e Dança sem Fronteira (dança contemporânea). Acompanhamos cada uma delas, as repetições incansáveis, os detalhes que cada estilo exige. Por meio de suas tentativas, acertos e erros, descobrimos quais são as intenções do coreógrafo/a ou da obra.

EP 07 – Desafios e mudanças
Os desafios de se manter em uma mesma companhia e o desejo de encarar as mudanças. Bailarinos/as independentes, do Balé Teatro Guaíra, Balé da Cidade de São Paulo, da São Paulo Companhia de Dança contam suas histórias e o que faz manter a dança viva em seus corpos: seja acreditar em companhias grandes ou abraçar projetos menores.

EP 08 – Além das capitais
Fora dos grandes centros, como uma companhia vive e sobrevive no interior e no litoral do Brasil? Paracuru Cia de Dança, no litoral do Ceará, Cia Jovem de Dança de Jundiaí, interior de São Paulo, e Paraopeba Cia de Dança, pequena cidade de Minas Gerais, revelam suas experiências, expectativas e formas de reconhecimento longe dos teatros e palcos das capitais.

EP 09 – Viver de dança
As experiências de grandes companhias e as de porte pequeno ou independente são colocadas lado a lado neste episódio, em que conhecemos seus desafios e formas de viver de dança: Grupo Corpo (MG), Mimulus Cia de Dança (MG), São Paulo Companhia de Dança (SP), Cia Dual (SP), Balé do Teatro Guaíra (PR), Descompanhia de Dança (PR). De modo geral, as maiores oferecem certa estabilidade de produção para quem dança; as independentes, menores em estrutura, dão a chance para os artistas criarem de modo mais pessoal. Uma não é melhor que a outra, mas complementa a cena de dança.

EP 10 – Dançar, e depois?
É possível continuar na dança depois de deixar os palcos? O episódio conversa com profissionais que deixaram a cena em diferentes tempos: a diretora artística Iracity Cardoso, a professora da ECA Sayonara Pereira, o maître de ballet Elias Bouza, a professora e ainda bailarina Irupé Sarmiento, a ensaiadora Mariana do Rosário, o coordenador artístico Raymundo Costa. Esses profissionais contam como acontecem as despedidas dos palcos, as vontades, as novas profissões e como a dança continua em suas vidas de diferentes formas.

Sobre o Arte 1
Canal voltado para quem se interessa por arte, em todas as suas manifestações. Considerado pela ANCINE um espaço qualificado. O ARTE1 fomenta a pluralidade de olhares para arte e incentiva a produção nacional independente. Uma imersão em conteúdos ligados à cultura.

Sobre a Origina Conteúdo
Produtora audiovisual independente, atua com foco em criação e desenvolvimento de projetos para TV, cinema e streaming. Realiza há 3 anos o laboratório de roteiros em coprodução internacional Histórias Que Viajam. Na área de produção, atua com olhar sobre conteúdos documentais nas áreas de arte e ciências.

Matheus Colen
Matheus Colen é um profissional do audiovisual com vasta experiência em roteiro e produção executiva. Iniciou sua carreira em 2006 trabalhando no mercado de TV em projetos exibidos em canais como BAND, SBT, Multishow, Disney Channel e Canal Sony, além de ter atuado no mercado de cinema. Ele também se aventurou no mundo digital, escrevendo roteiros para game shows e transmissões esportivas de
jogos como Free Fire. Em 2018, Matheus fundou a Origina Conteúdo, uma produtora que oferece serviços de criação e desenvolvimento de roteiros, além de consultoria em produção executiva. Na área de produção o foco está em projetos documentais. Além de suas atividades na Origina, Matheus também leciona roteiro na Universidade Presbiteriana Mackenzie e é autor dos e-books da série Guia do
Produtor Executivo.

Flávia Fontes Oliveira
É autora e roteirista do projeto Tempo de Dança (Origina Conteúdo, canal Arte1), fez parte da equipe de roteiro da série Chuva Negra (MUK e Enkapothado Filmes, Canal Brasil) de Rafael Primot. Participou da equipe de roteiro do programa Me deixa dançar (Moonshot Pictures, GNT); da temporada 2 e 3 do programa Menos é Demais (Discovery Home & Health, FJ Produções). Trabalhou na Gazeta Mercantil,
Revista Época (semanal), foi redatora-chefe na Editora Trip e coordenadora das áreas de Comunicação, Educativo e Memória na São Paulo Companhia de Dança. Colaborou com matérias de dança nas revistas Bravo!, Fapesp, CartaCapital, TAM, Voe Gol, entre outras. Atualmente, escreve sobre o mesmo tema para o jornal Valor.

Danilo P. Marques
Diretor de Cena, Roteirista e Escritor. Com 30 anos de trajetória no audiovisual, na literatura e no teatro, Danilo Proença Marques é um diretor premiado internacionalmente. Sua campanha “Crack Consumes” recebeu o Leão de Bronze em Cannes (2013), e na Finlândia, onde morou, atuou como montador do
documentário “ZIM”, premiado pela emissora estatal YLÅ TV. Como escritor, publicou os romances “Os assassinatos do professor de rumba”, “Almanaque de canções e baladas para ouvir depois de morrer”, e “Galaxie & Lune e o centro do universo de Arouche”. No teatro, escreveu e dirigiu as peças “Deprisa, Jinji” e “Manual prático para depois de morrer”. No audiovisual, sua atuação transita entre diferentes formatos e linguagens. Além de campanhas e documentários, dirigiu a websérie “Corpo Estranho”, escrita por Lourenço Mutarelli, dentro do projeto “Teatro para Alguém”.

Contato e informações para imprensa:
Origina Conteúdo: matheus.colen@originaconteudo.com.br
Comercial / Projetos especiais: paula@jornaldamodabrasil.com
Instagram: @tempodedanca / @originaconteudo

Serviço
10 episódios de 52 minutos

Episódios inéditos de 19/03 até 21/05:
quarta – 20h30

Reprises:
quinta – 18h00, sexta – 19h30, segunda – 13h00